Doce olhar
Encosto-me à cortina e olho a rua
observo o que imagino ser real...
Voltas de novo à casa que foi tua
mas onde nada agora está igual.
Encosto-me mais um pouco
e logo sinto o teu aroma, o teu calor...
Da garganta sai-me um grito rouco
vejo brilho nos teus olhos, meu amor.
Encosto-me agora mais ainda
e apesar de saber que já não vens,
vejo-te lá longe, estás tão linda,
também é meu o doce olhar que tens.
Continuas sempre meiga, querida Mãe!
Passaram tantos anos, por favor, vem, vem...vem.
Marina dos Santos
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